Muitos confundem a alergia ao glúten com a doença celíaca. Apesar de parecidas, as duas condições precisam ser tratadas de maneira diferente. Afinal, um ataque alérgico mais agudo pode ser fatal.
O que é glúten?
Encontrado em grãos de trigo, cevada e centeio, o glúten nada mais é do que a junção de duas proteínas, a gliadina e a glutelina. O nutriente tem a função de deixar a massa mais elástica e resistente.
Encontrado em diversos carboidratos, é muito fácil descobrir se há glúten ou não no seu alimento. De acordo com a legislação brasileira, todos os fabricantes são obrigados a colocar em seus rótulos se há ou não o ingrediente na composição. Então, sempre que for comprar um produto novo, não se esqueça de ler a sua embalagem.
Diferenças entre doença celíaca, intolerância ao glúten e alergia ao glúten
Parecidas entre si, as pessoas podem ter um pouco de dificuldade em diferenciar cada uma dessas condições. Por isso, resolvemos ajudar você. Confira:
Os celíacos sofrem com uma resposta autoimune do corpo no momento em que o glúten entra em contato com o intestino. Nesta condição, os sintomas estão relacionados à problemas de digestão, em que o paciente pode desenvolver diarreia, machucados na parede do intestino, má absorção e desnutrição.
Conhecida como sensibilidade ao glúten não-celíaca 2, esta condição é detectada quando o paciente possui alguns sintomas depois de consumir o nutriente, mas a doença celíaca e alergia ao glúten foram descartadas. Isso só é possível com exames clínicos e análise médica. Especialistas acreditam que a intolerância ao glúten acontece, por conta da exposição frequente ao trigo e cereais.
A alergia alimentar é uma reação exagerada do nosso organismo a determinado alimento. Imediata ou de curto prazo, esta condição normalmente vem acompanhada por sintomas nas vias respiratórias (rinite, por exemplo) ou na pele (como, urticária). É preciso ter muito cuidado, porque a doença pode causar uma anafilaxia – distúrbio grave na circulação sanguínea e oxigenação – e ser fatal.
A alergia ao glúten ocorre da seguinte forma: as proteínas presentes no nutriente podem ser entendidas pelo organismo de algumas pessoas como ameaça. A gliadina (presente no glúten) pode ser o “gatilho” que em nosso corpo reage com a imunoglobulina E (IgE), podendo causar uma reação alérgica com alguns dos sintomas, como rinite, asma, urticária, e em alguns casos mais graves, anafilaxia 3,4 ou 5.
Importante ressaltar que esta condição pode ser desencadeada não só pela ingestão de comidas e bebidas que possuem glúten na composição, como também pelas inalações deste produto em suspensão no ar. A alergia é muito mais comum em bebês e crianças pequenas, que ainda estão com o sistema imunológico e digestivo está em desenvolvimento. Quando elas crescem, a tendência é a doença desaparecer. Contudo, isso não exclui a chance de acontecer também com os adolescentes e adultos.
Sintomas da alergia ao glúten
Mas afinal, como saber se você tem alergia ao glúten? Fique de olho na lista de sintomas abaixo. Se você sentir algum deles, lembre-se de procurar ajuda médica. E se a reação alérgica for muito agressiva, vá a um pronto atendimento imediatamente.
Já falamos acima, mas é muito importante ressaltar. Se você sentir sintomas, como garganta inchada ou apertada, dores no peito, dificuldade severa para respirar e engolir, taquicardia e tontura é necessário procurar um hospital imediatamente. Estes casos são mais raros, porém uma reação alérgica mais severa pode levar ao fechamento da glote e à anafilaxia.
Para confirmar o diagnóstico da alergia, você pode fazer um teste diretamente na pele. O médico também pode solicitar um exame de sangue para ter a confirmação da condição.
Tratamento e Cuidados
Quem sofre com alergia ao glúten tem um tratamento bem parecido com aqueles que sofrem com a doença celíaca. Os alérgicos precisam excluir de sua alimentação todos os produtos que possuem a proteína. Em alguns casos, os médicos liberam o consumo do centeio e cevada. Por isso, uma consulta com o especialista é essencial.
Alguns doutores, inclusive, fazem uma dessensibilização no paciente. Ou seja, o alérgico é exposto a pequenas quantidades de alimentos com glúten, e depois vai se aumentando gradativamente a porção consumida. A ideia é que o organismo se acostume com o contato do produto e o quadro alérgico passe. Essa atitude não funciona com os pacientes celíacos.
Lembra que comentamos que nos rótulos há indicado se o produto possui ou não o glúten? Tanto os celíacos, quanto os alérgicos, precisam estar bastante atentos às embalagens daquilo que consomem para não correrem riscos desnecessários. Poucas pessoas sabem, mas condimentos, sorvetes e até massa de modelar podem possuir a proteína.
Receita – Bolo de milho sem glúten
Ingredientes:
Modo de Preparo:
Fonte: Natue
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