Você provavelmente já deve ter escutado falar sobre a Doença de Alzheimer. Incurável, a enfermidade piora ao longo do tempo se não for tratada. Em sua maioria, as pessoas afetadas pelo Alzheimer são idosas.
A doença tem entre seus principais sintomas a demência e/ou perda de funções cognitivas, como: memória, orientação, atenção e linguagem. Esses sinais são causados pela morte das células cerebrais. Se diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço, promovendo uma melhor qualidade de vida ao paciente e seus entes queridos.
Ainda não se sabe o porquê o Alzheimer se desenvolve. O que se conhece são algumas lesões cerebrais características dessa doença. Estudos mais recentes descobriram que essas alterações no cérebro já estão instaladas antes de os sintomas aparecerem.
Acredita-se que existam cerca de 35,6 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo. No Brasil, esse número é de 1,2 milhões de casos, sendo que a maior parte ainda está sem diagnóstico.
Sintomas:
- Perda de memória, confusão e desorientação;
- Ansiedade, agitação, alucinação e desconfiança;
- Alteração da personalidade e senso crítico;
- Dificuldade com as atividades da vida diária, como comer e tomar banho;
- Dificuldade em reconhecer familiares e amigos;
- Dificuldade em tomar decisões;
- Perder-se em ambientes conhecidos;
- Inapetência e perda de peso;
- Dificuldade com a fala e a comunicação;
- Movimentos e fala repetitiva;
- Distúrbios do sono;
- Problemas com ações rotineiras;
- Dependência progressiva;
- Ficar vago.
Fatores de risco:
- Idade: como já dissemos, o Alzheimer atinge, em sua maioria, pessoas idosas. Estudos indicam que depois dos 85 anos de idade, a doença atinge 30 a 40% da população.
- Histórico familiar: o risco é maior em pessoas que possuem o histórico de Alzheimer ou outras demências na família.
- Em pessoas portadoras da síndrome de Down, a doença aparece com uma frequência mais elevada.
- Gênero: parece haver uma maior predominância da Alzheimer entre as mulheres. Para quem já está acima dos 65 anos, o risco da doença surgir é de: 12 a 19% no sexo feminino e de 6 a 10% nos homens.
Estágios
Os médicos definem a doença de Alzheimer de acordo com a intensidade do quadro degenerativo. Há 3 estágios clínicos: leve, moderado e grave.
Cada caso é diferente do outro e não existe uma regra para a duração desses estágios. Enquanto algumas vezes os sintomas evoluem lentamente, em outras, a deterioração é rápida. Em outros casos, a doença evolui em surtos de piora, seguidos de fases de estabilidade que podem durar anos ou não.
Estudos também indicam que o tempo de duração em cada estágio é extremamente variável. Em média, o primeiro estágio tem duração de 2 a 10 anos; o segundo, de 1 a 3 anos; e o terceiro, de 8 a 12 anos.
- Pré-clínico: silencioso; sem perda cognitiva observável;
- Transtorno cognitivo leve: primeiras evidências de perda cognitiva;
- Forma leve: esquecimentos; familiares e amigos notam o problema;
- Forma moderada: confusão mental; agitação; ansiedade; apatia;
- Forma moderadamente grave: não consegue lidar com afazeres pessoais; desorientação no tempo e espaço; dependência;
- Forma grave: necessita de cuidados em tempo integral; incontinência urinária e fecal; delírios; obsessões; frequentemente requer internação;
- Forma muito grave: perda da fala; incapacidade de locomoção; perda da consciência.
Fonte: AlzheimerMed e Dr. Dráuzio Varella
Como se prevenir?
Apesar de não ter cura, você pode tomar algumas atitudes para prevenir a Doença de Alzheimer. Além da predisposição genética, existem outros fatores que podem provocar a doença, como: uma alimentação pouco saudável, falta de exercício físico e mental e um estilo de vida estressante.
- Um estudo recente determinou que alguém com colesterol elevado, pressão alta e obesidade têm maior probabilidade (+ 600%) de perder as funções cerebrais do que uma pessoa com um estilo de vida saudável.
- Estimule sua mente todos os dias. Falar duas línguas, viajar, montar quebra cabeça, xadrez, palavras cruzada, tudo que faça você pensar e/ou aprender são excelentes formas de combater a senilidade precoce e o Alzheimer.
- Uma boa noite de sono é essencial em vários aspectos da nossa vida, especialmente em manter a cabeça em ordem. É durante esse período que gravamos tudo aquilo que aprendemos durante o dia.
- Alguns estudos comprovaram que a prática de atividade física protege contra demências. O que se sabe até agora, é que durante o exercício o organismo libera neurotrofinas, substâncias que ajudam na memória.
- O suco de uva integral sem açúcar e sem conservante possui antioxidantes que ajudam a proteger os neurônios e evitam lesões no cérebro. O recomendado é consumir 1 copo por dia para se beneficiar das vantagens.
Prevenção com alimentação:
Como já vimos diversas vezes em nosso blog, uma alimentação saudável e equilibrada só traz benefícios ao nosso corpo e mente. Isso também vale na prevenção da Alzheimer.
- Combata os radicais livres no seu organismo com alimentos antioxidantes, como frutas, legumes, chocolate, oleaginosas e chá verde.
- A vitamina E que está presente nas nozes, amêndoas, castanha do Pará, semente de girassol, gérmen de trigo, e a vitamina C das frutas e vegetais como a acerola, kiwi, morango, laranja, pimentão, brócolis, também são fontes de antioxidantes.
- Alimentos ricos em ômega 3 também são uma boa pedida. Essa gordura do bem – encontrada principalmente em peixes – reduz o risco de declínio cognitivo.
- Controlar o nível de açúcar no organismo também é uma forma de prevenção. Para isso, faça de 4 a 6 pequenas refeições por dia.
- Aposte em alimentos ricos em selênio, como castanha do Pará, ovo e trigo.
Tirou algumas dúvidas sobre a Doença de Alzheimer? Como quase tudo na nossa vida, um estilo de vida saudável é essencial. Conte com a Vitao para manter a sua saúde em dia através de alimentos saudáveis. Afinal, seu corpo é a sua casa.
Ah, não se esqueça: se você estiver sofrendo dos sintomas mostrados hoje, ou conhece alguém que esteja, procure ajuda médica.