Seu consumo é muito antigo, datando de 1200 anos antes de Cristo. Tribos da América Central, como os Olmecas e Astecas, já usavam as sementes do cacau em sua alimentação. O nome chocolate deriva da palavra asteca xocolātl. O império Asteca de fato considerava o cacau um presente enviado pelo deus da sabedoria Quetzalcoatl para lhes dar força e virilidade. As sementes também eram usadas como moeda corrente na civilização asteca, e várias conquistas territoriais desse império teriam como objetivo dominar territórios produtores de cacau.
Mas o uso do cacau por essas tribos era bem diferentes do nosso; era quase exclusivamente apreciado como uma bebida fermentada amarga, que normalmente era misturada com especiarias como a pimenta. Foi só depois da chegada dos europeus que a forma de preparo das sementes de cacau começou a mudar. Levado para Espanha, o cacau foi apresentado à nobreza por freis católicos, mas sem grande apelo devido ao sabor forte e amargo. Contudo, após a mistura do cacau com mel ou açúcar, o chocolate se tornou uma das iguarias favoritas da corte espanhola. Desde então ele se espalhou rapidamente pela Europa e depois pelo mundo.
Talvez um dos maiores prodígios da culinária, o chocolate é uma tentação para os nossos sentidos. Antigamente considerado um vilão por ser relacionado à diabetes e à acne, ele tem gradativamente conquistando espaço entre os alimentos mais saudáveis.
O fato é que o chocolate sempre foi produzido de forma a agradar mais o nosso paladar, tendo suas melhores qualidades reduzidas em favor de um sabor mais atraente. Mas estudos recentes o apontam como um alimento rico em substâncias extremamente benéficas para o organismo.
Os flavonóides do chocolate fazem dele um superfood (superalimento). Essas substâncias são poderosos antioxidantes que ajudam na circulação, pois atuam na flexibilidade de veias e artérias. Estão presentes também em frutas e verduras como a maçã e o brócolis. Outra substância importante presente no chocolate é a teobromina, que é capaz de relaxar os brônquios pulmonares e baixar a pressão arterial. A teobromina é uma das responsáveis pela sensação de prazer que o chocolate proporciona.
Então, por que o chocolate foi considerado um vilão para sua dieta? O problema ocorre na maneira como ele é preparado. Ao adicionar grandes quantias de açúcar, leite e outros doces, o chocolate acaba não tendo mais tantas vantagens nutricionais. O consumo ideal são os chocolates considerados meio-amargos e amargos, neles a quantidade de açúcar é menor e a presença das substâncias benéficas do chocolate é mais acentuada.
Como mencionado, os principais benefícios do chocolate são relacionados à circulação sanguínea, mas não se restringem a isso. Estudos apontam uma série de efeitos positivos desse alimento.
Entenda alguns dos benefícios atribuídos a ele:
Comer chocolate pode auxiliar na redução de lipoproteínas de baixa densidade (conhecidas como “gorduras ruins” ou “mau colesterol”), de acordo com um estudo publicado no Journal of Nutrition. Em altas concentrações, essas lipoproteínas podem causar a aterosclerose que é o entupimento de veias e artérias, tendo relação direta com o risco de infartos e AVCs (Acidente Vascular Cerebral, ou derrame). O estudo concluiu que o consumo regular de chocolate contendo esteróis e flavonóides como parte de uma dieta com pouca gordura auxilia no sistema cardiovascular baixando os níveis de colesterol.
O The BMJ (British Medical Journal), uma das publicações mais conceituadas do mundo na área médica, divulgou uma pesquisa que sugere uma relação entre a ingestão de chocolate com a redução do risco de doenças cardíacas. Apresentado no Congresso da Sociedade Européia de Cardiologia, em Paris, o estudo apontou uma redução de quase um terço no risco de desordens cardiometabólicas nos pacientes observados que tiveram chocolate incluído em suas dietas.
Além disso, pessoas que comem chocolate são 22% menos propensas a terem um AVC, de acordo com cientistas canadenses. O estudo, envolvendo mais de 44 mil indivíduos, demonstrou também que pessoas que tiveram um AVC, mas comiam chocolate tiveram uma mortalidade 46% menor.
Outra propriedade positiva desse alimento apontada por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, é estimular a sensação de saciedade, fazendo com que você se sinta satisfeito mais facilmente. Sentindo menos fome você come menos, o que pode ser muito útil para quem está fazendo uma dieta mais restritiva.
Farzaneh A. Sorond, em um estudo do Harvard Medical Institute, concluiu que beber duas xícaras de chocolate quente por dia pode reduzir a perda de memória em idosos. O estudo indica que o chocolate auxilia na circulação sanguínea no cérebro, justamente em áreas de maior consumo energético. Então, além de diminuir o risco de AVC, uma melhor circulação preserva a saúde do cérebro por mantê-lo bem irrigado. Segundo o autor do estudo isso pode desempenhar um papel importante na prevenção de doenças como o Mal de Alzheimer.
Chocolate uma vez por semana pode melhorar o funcionamento do cérebro, segundo um estudo publicado pelo jornal ‘Appetite’. Como mencionado acima, a melhor irrigação tende a preservar as diversas regiões do cérebro, sobretudo em áreas de maior atividade. Logo, esse alimento contribui positivamente para nossa capacidade de pensamento e raciocínio, pois proporciona mais energia e uma melhor oxigenação em regiões do cérebro ligadas à nossa cognição.
Em outro estudo, pesquisadores da Universidade da Noruega e da Universidade de Oxford analisaram os efeitos a longo prazo no cérebro em pessoas com mais de 70 anos. Mais de 2 mil pacientes foram acompanhados consumindo uma dieta contendo chocolates ricos em flavonóides aliada à ingestão de vinho e chás. Eles tiveram um desempenho em testes de cognição superior a pessoas que não faziam a mesma dieta.
O consumo de 30g de chocolate diariamente por gestantes pode beneficiar o desenvolvimento do embrião, de acordo com um estudo divulgado em 2016 pela Sociedade de Medicina Materno Fetal de Atlanta, nos EUA. Além disso, a teobromina contribui na redução do estresse causado pelas flutuações hormonais em mulheres grávidas.
O chocolate realmente possui vantagens incríveis e inesperadas para sua saúde, não é? Se essas informações acordaram o chocólatra que existe em você, lembre-se de que ele deve ser apreciado com moderação. Reiterando que esses benefícios são encontrados em chocolates com maior índice de cacau, sem adição açúcar e sem gorduras hidrogenadas. A Vitao tem uma linha completa dessas delícias saudáveis, que vão desde chocolate ao leite zero açúcar e chocolate zero lactose, até meio amargos com amaranto e quinoa para você aproveitar sem culpa. Confira nossos chocolates!.